Prólogo - Traição
Raiva, era o que ela estava sentindo no momento. Não apenas isso, mas odiava a mulher a sua frente que estava abraçada ao seu primo, primo esse que sempre se comprometeu com ela para ser os herdeiros da família, cobiçando a herança que seus pais deixaram para ela. Estreitando os olhos, inspirou a mulher a dar um beijo no outro, o que quase deixou seus olhos vermelhos pela traição.
Sabia! Ela sabia que aquilo poderia acontecer, até porque seu primo era muito esperto, infelizmente ele não era tanto quanto pensava, já que ele não esperava que a herança sempre estivesse nela.
ㅡ Soube que ia me pedir em casamento, deixe-me ver a aliança, talvez eu possa comprar algo mais valioso com isso. ㅡ A voz da sua namorada traidora ecoou, fazendo-a frente-la com ódio.
ㅡ Aquela aliança é pra minha futura esposa, não tem nada mais haver com você. ㅡ Retrucou friamente, sentindo o veneno espalhando ainda mais por seu corpo.
Quanto mais tenso, mais o veneno se espalha, mas como não poderia se sentir assim? A mulher que achou que passaria a vida inteira, desertou para seu primo, tudo não passou de uma fantasia.
O pior era que quanto mais o veneno se espalhava, mas sua morte era próxima, mas... ela não podia morrer.. ela ainda não descobriu o segredo que seus pais deixaram, a causa da morte deles e de sua irmã. Ela sentiu que havia algo muito importante que ela não sabia, mas não tinha como descobrir se morresse.
ㅡ Porque você está discutindo com ela? Os herdeiros serão eu depois que ela se for, quero descobrir qual é a herança que meus ancestrais deixaram.
Uma risada ecoou de sua garganta, olhando com ridículo para o homem a sua frente.
ㅡ Essa herança foi algo que meu pai deixou pra trás, você acha que poderá tê-la depois que eu partir? Haha, você não percebe? Eu sou uma herdeira no momento em que nasci, mesmo com a morte dos meus pais isso não pode mudar. Eu recebi a herança no meu nascimento, há muito tempo.
Emdireitando as costas, seu olhar frio pousou nos dois estupefatos, que logo riram enquanto franziam a testa. Ela sabia que eles desconfiavam, mas ao mesmo tempo também acreditavam. Era a verdade de qualquer maneira, quando sua mãe estava grávida, quase beirando os nove meses, houve um ataque muito grande na posse e pra proteger a herança e o marido, sua mãe engoliu aquele grande poder, que estava em forma de uma pedra vermelha com uma mistura de azul, o que acabou a-afetando e passando a herança para ela. Seus pais eram os únicos que sabiam desse segredo, claro, assim como dois de seus tios, que eram os mais leais aos seus pais.
Eles esconderam aquilo sempre, até o dia em que passaram a posição.. mas infelizmente, quando ela tinha 10 anos, seus pais se foram, junto com sua irmãzinha de 6 anos de idade.
Mas isso era algo que ela não conseguia se conformar, até porque nem os corpos viram, como poderia viver consigo a mesma coisa depois daquelas coisas? E sempre pensei, porque eles deixaram pra trás e não levaram? Abandonado-a nesse ninho de cobras? Com o tempo, seu coração esfriou, mas se aqueceu levemente com a mulher à sua frente. Naquela época, ela era uma mulher doce que lhe deu vontade de proteger, mas agora...
Olhando nos olhos da mulher a sua frente, tudo o que ela sentiu era ódio, nojo, o que pegou a garota desprevenida. Com raiva, mesmo que não tivesse razão nenhuma depois de uma traição, ainda tentava se aproximar dela mas naquele momento, ela não prestava atenção. Sangue jorrou de sua garganta enquanto caia ajoelhada, antes que um sorriso frio aparecesse em seu rosto sabendo que já estava morrendo, mas logo ficou surpreso quando um vendaval apareceu a sua volta, cobrindo toda sua visão e escutou a voz de sua mãe bem no fundo de sua mente, lhe dizendo algo vago que ela só entendeu depois de muito tentar compreender, antes de sua visão escurecer completamente.
ㅡ Bem vinda de volta, minha querida filha.
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